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  • O que são juros e como eles atuam no dia a dia das pessoas
    08/04/2019

    O que são juros e como eles atuam no dia a dia das pessoas

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    Se existe uma palavra que faz parte do cotidiano das pessoas, essa palavra é: juros. Do recebimento do primeiro boleto à abertura de uma conta no banco, passando pelas compras a prazo, lá está ela informando que o atraso no pagamento resulta em multa de 2%, ou que o uso do cheque especial cobra 11,5% ao mês, ou ainda que parcelando em 10 vezes, a taxa de juros é de 9%. O que queremos dizer é que, em algum momento da sua vida, você vai pagar juros sobre algum valor. É algo praticamente inevitável.

    Por isso que queremos explicar, aqui neste artigo, que faz parte da nossa série sobre educação financeira, como conviver com esse item do mercado sem desequilibrar seu orçamento pessoal. Nele, vamos apresentar o conceito de juros e de onde ele vem, a diferença entre juros simples e compostos e o que significa taxa de juros, um termo que vive nos noticiários e atinge diretamente nossas vidas. Vamos lá?

    Juros: de onde vem esse conceito
    Todo brasileiro deve acreditar que os juros foram inventados por aqui mesmo, não é verdade? Afinal, praticamente qualquer tipo de transação financeira envolve alguma questão relacionada a juros, seja para cobrar, seja para ressarcir alguém. Brincadeiras à parte, esse pagamento de um “aluguel” para usar um dinheiro que não é seu é bem mais antigo que o próprio Brasil.

    Dados históricos da civilização suméria, de cerca de 3 mil anos a.C., revelam que o mundo antigo tinha um sistema de crédito baseado em dois produtos, o grão e a prata, e que eles eram emprestados e devolvidos, porém, em maior peso. Foram descobertos sistemas semelhantes em Tróia, na Babilônia, no Egito e na Pérsia. Na República Romana, por volta de 500 a.C., também houve registro da cobrança de juros. Em alguns documentos, inclusive, menciona-se a redução para 8,3% na taxa de juros.

    Como bem sabemos, os sistemas financeiros evoluíram ao longo dos séculos e hoje temos um conjunto de leis e órgãos que regularizam a cobrança dos juros pelas empresas e instituições financeiras. Porém, entender todos os detalhes burocráticos que envolvem a legislação é algo trabalhoso e um tanto complexo. E que não nos ajudaria em nossa rotina.

    Por isso, seguindo o objetivo da nossa série, que é facilitar seu entendimento sobre assuntos do cotidiano, vamos focar as explicações sobre os juros naquilo que pode vir a interferir no seu orçamento pessoal. E, por falar nesse assunto, antes de darmos sequência ao conteúdo, temos uma dica incrível para simplificar a sua vida financeira: o curso de Finanças Pessoais que O Economista preparou para ensinar você a organizar suas finanças, a entender mais de economia para fazer seu dinheiro render, a conhecer investimentos para incrementar sua renda e planejar o seu futuro. Clique na imagem abaixo e inscreva-se agora mesmo!

    O que são juros simples e juros compostos
    O mais importante para o dia a dia é compreender aquilo que nos atinge diretamente, que são os juros cobrados quando usamos o cheque especial, parcelamos a fatura do cartão de crédito, atrasamos o pagamento de carnês ou boletos ou pegamos um empréstimo. E também quando fazemos um investimento, como uma aplicação na poupança.

    O que você precisa entender é que o valor dos juros é definido por uma porcentagem que se aplica por um determinado período sobre um montante de dinheiro. Por exemplo, se você pega R$ 500 emprestado por um mês, com taxa de juros de 5%, terá que devolver R$ 525 depois de 30 dias (R$ 500 do valor original + R$ 25 dos juros). No caso de pagar o boleto do aluguel atrasado, o valor de R$ 800 vai para R$ 816, pois há uma multa de 2%. Esse cálculo simples é chamado de juros simples ou juros não capitalizados.

    Porém, há no mercado os juros compostos ou juros capitalizados, mais conhecidos como juros sobre juros. São aqueles que, após cada período de capitalização, são incorporados ao capital principal e passam também a render juros. Parece um pouco mais complicado, mas com o nosso exemplo, você vai entender facilmente, veja só!

    Vamos imaginar que você aplicou R$ 500 na poupança, com rendimento de 1% ao mês. A cada mês, quando o cálculo for feito, além de usar o valor inicial, serão acrescentados nesse valor inicial os rendimentos dos meses anteriores. Veja:

    1º mês: R$ 500 (capital inicial) + R$ 5 (1% de R$ 500) = R$ 505
    2º mês: R$ 505 (capital inicial + juros) + R$ 5,05 (1% de 505) = 510,05
    3º mês: R$ 510,05 + R$ 5,10 = R$ 515,15
    4º mês: R$ 515,15 + R$ 5,15 = R$ 520,30
    5º mês: R$ 520,30 + R$ 5,20 = R$ 525,50
    Os valores vão aumentando sucessivamente enquanto o dinheiro ficar aplicado. Isso é algo muito bom quando falamos de juros compostos que vão render para aumentar o nosso patrimônio. No entanto, se esses mesmos juros estiverem sendo cobrados sobre uma dívida, ela pode virar uma bola de neve e comprometer todo a sua estabilidade financeira.

    Por isso, fique sempre atento com os seguintes itens:

    Operações financeiras: verifique se está lidando com juros simples ou compostos e qual impacto eles podem causar nas suas contas;
    Tarifas e taxas de juros: confira o valor de cada uma delas e como são aplicadas. A inflação, por exemplo, sofre bastante variação e pode gerar desequilíbrio no orçamento pessoal;
    Compras a prazo: nunca feche um negócio sem antes saber exatamente como serão calculados os juros das parcelas;
    Investimentos: se vale na hora de pagar, também vale na hora de investir. Sempre que aplicar o seu dinheiro, saiba como os juros serão calculados, assim, fica mais fácil saber quanto vai lucrar.


    Como é definida uma taxa de juros
    Já que falamos sobre taxas de juros, é importante que você saiba que cada banco define os percentuais que vão praticar em cada operação. Essas taxas, porém, têm como base a taxa básica de juros do país, a conhecida Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão do Banco Central, e usada como referência para o cálculo das demais taxas de juros de todo o crédito concedido na economia.

    É importante saber também que, ao definir suas taxas, as instituições financeiras levam em conta, além da Selic, diversos fatores, como risco, volume e prazo da operação. Não é um percentual definido de qualquer maneira, com base em achismos. E, mesmo assim, ainda é possível negociar as taxas em determinadas ocasiões, como durante renegociações de dívidas, por exemplo.

    Bom, saber como os juros influenciam as suas contas pessoais não é tão difícil assim, não é mesmo? Então, não perca tempo e coloque tudo na ponta do lápis para não ter surpresas no futuro e conseguir manter seu dinheiro seguro. Para ajudar você nessa missão, disponibilizamos uma planilha gratuita para controle das finanças pessoais. Para baixar, é só clicar neste link!

    Esperamos que você tenha gostado deste artigo e que o compartilhe com seus amigos, afinal, cuidar das finanças pessoais é importante para todo mundo! E, claro, continue nos acompanhando, pois ainda há muito conteúdo em nossa série sobre educação financeira. Se surgir alguma dúvida ou tiver alguma sugestão, é só deixar um comentário.

    Fonte: www.oeconomista.com.br

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